sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Festival Bairro-Escola


 
Aconteceu no dia 30/09 deste 2011, sexta-feira, o Festival Bairro-Escola São Paulo. O evento foi organizado pela Associação Cidade Escola Aprendiz e reuniu no Parque da Água Branca, zona oeste de São Paulo, debatedores para falar sobre educação integral. Nós do NUPS estivemos lá para conferir.


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Rugby Para Todos

Nosso Time de Rugby

Em 2010 o NUPS fez uma parceria que continua com o Instituto Rugby Para Todos, projeto que oferece o esporte a jovens da Paraisópolis. O objetivo? Unir por meio do esporte os alunos do RPT com os da Lourenço, e oferecer em troca oficinas (música e teatro) para complementar o aprendizado dos alunos de lá.
           Em campo todos são iguais, e têm de trabalhar juntos, e o projeto mostrou que isso pode ultrapassar as quatro linhas do campo.

Seminário “Do outro lado da ponte”



    Na tentativa de continuar lutando pela integração social nós, integrantes do NUPS, no dia 31 de Maio fomos ao Jardim Ângela, participar do seminário “Do outro lado da ponte”. Este pretendia discutir sobre assuntos de sociabilização e melhoria nas condições de vida dos moradores da região assim como infraestrutura urbana. O seminário aconteceu no CEU Vila do Sol que fica no extremo Jardim Ângela. 
     Não pudemos deixar de notar na diferença gritante que é a mudança na paisagem. A desigualdade é, apesar de tudo, o que chama mais atenção. De casas e barracos simples e amontoados, ruas esburacadas e estreitas bastaram-nos 40 minutos para que víssemos ruas bem pavimentadas cobertas por prédios monumentais e de alta classe. Talvez essa experiência tenha nos servido para, mais uma vez, ilustrar aquilo pelo qual lutamos, para que a comodidade não nos deixe na tranqüilidade de nossos lares e bairros e que sempre estejamos dispostos a aprender mais e viver mais essas diferenças.

Maria Eduarda Du Plessis



domingo, 2 de outubro de 2011

Nupinho

O NUPS nasceu no ano passado como uma tentativa de mudar/criar a cultura de projetos sociais na escola. Tanto está ocorrendo, que nasce agora, o Nupinho. Derivação do NUPS do Ensino Médio, o Nupinho foi criado no Fundamental II, no fim deste ano e conta agora com 7 alunos, que estão cheios de idéias e expectativas. O Nupinho participou de algumas Oficinas de Cultura Urbana, promovida pela Banca, e já chegou mostrando um pouco do que está se formando. 
 Felipe Ioschpe, do 7º ano disse: “Ah... eu achei bem bacana porque desigualdade social, projetos sociais é um assunto que tá sendo discutido hoje em dia bastante, e eu acho legal aprender isso porque eu ainda sou criança e tenho muito que aprender, e já ter essa influência de tentar mudar sempre, conhecer... é boa pra quando eu for maior eu já saber o que fazer quando eu quiser. E também é divertido a oficina, é legal conhecer os diferentes tipos de vida e ver como é o nosso país. Ah, expectativa... que eu saia esse ano querendo voltar ano que vem.. é.. conhecer mais e mais pra tentar conhecer meu Brasil, né? Porque eu não conheço tudo isso, não conheço todas as culturas que tem e é importante.”


 Não há idade para entrar em contato com as diferentes realidades, por isso é ótimo que haja um núcleo de projetos sociais se formando no Ensino Fundamental II.


                                                                 Mariana Carvalho

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Música: Sábado de sol no Jardim Tonato (Detecção)


Confiram a versão final de nossa música produzida após a Detecção Massiva que aconteceu em maio deste ano. Buscamos exteriorizar o turbilhão de emoções, pensamentos e visões em uma produção artística. Carandá, Lourenço e a produtora cultural “A Banca”, juntos viemos com uma música que busca traduzir o que sentimos naquele “Sábado de sol no Jardim Tonato”:




"Do centro de São Paulo parte um busão
50 consciências e uma missão
Conhecer o outro lado da história feliz


A cidade que é tão rica mas se contradiz
É sábado de sol no Jardim Tonato
O cenário de miséria gera grande impacto
Barracos, botecos, sujeira e terra


Na periferia a lei do cão impera
Meninos e meninas de olho azul
Andam pra cima e pra baixo, de Norte à Sul
Fazendo perguntas
Entrando nos barracos
Olhares assustados, eles juntam os cacos


Da minha realidade eles não sabem nada
Moram em bairros nobres longe da quebrada
Eles vêm do conforto e querem o que?
A mulecada da quebrada foi quem quis saber


Entre os sons, meu bom, o que vale é humanidade
Só estamos separados pelas pontes da cidade
Somos todos iguais, e preste atenção
Estamos aqui em busca de união."


OUÇA A MÚSICA!
CLICANDO NESTE LINK:

http://soundcloud.com/tiagonups/pontes-da-cidade




Maria Elisa Savaget


segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Casa do Zezinho


CASA DO ZEZINHO, futuros parceiros






No dia 3 de setembro de 2011, o NUPS expandiu mais ainda as suas fronteiras. Fomos a um seminário de apresentação de projetos de uma casa de cultura muito utilizada pela comunidade, chamada Casa do Zezinho (conheça o projeto: http://www.casadozezinho.org.br/). Esta casa é um centro de educação para crianças e jovens de um bairro da extrema zona sul, no Capão Redondo, proximidades de Santo Amaro.
O projeto inicial era ocupar crianças durante o período de trabalho dos pais, para que não ficassem na rua ou em atividades inadequadas. A incrível Tia Dag teve essa iniciativa e hoje conta com centenas de jovens e crianças, diversas aulas de arte, música, moda, gastronomia e comunicação visual. Este último projeto nos encantou. A galerinha animada da Zzine (fanzine da casa) nos recebeu de braços abertos. Assistimos a apresentação do trabalho, que foi comovente pela percepção que tivemos do envolvimento dos jovens. (veja o making off desta produção: http://www.youtube.com/watch?v=ZpstlueOr88).
Além de conhecer essa equipe de redação que não deixa nada para trás, assistimos o depoimento de um exemplo para a comunidade. Quem antes era um ícone de vida no caminho errado, hoje é professor de literatura, escritor – sonho seu desde criança – e ainda autor de um projeto para a erradicação do uso de drogas na escola em que estudava no ensino fundamental, lugar de onde foi expulso no passado por mau comportamento. Este é o chamado Nenê. Não houve quem não chorasse ouvindo essa história, que em breve queremos tê-la documentada para apresentar aqui.
Para fechar, de maneira melhor impossível, criamos mais uma parceria. Esta é com os redatores da Zzine, que para a realização de uma matéria chamada “E se eu fosse você?”, virão visitar a Lourenço por um período e comparar o cotidiano de uma escola pública com o de uma particular de alto nível. Logo a teremos publicada! O dia se encerrou em grande estilo, com os Zezinhos (assim são chamados os alunos da casa) tocando música erudita, seguidos pela banda de Rock, também composta pelos alunos.

                                               Itamize Oliveira.

LINKS DO TEXTO






#euvotodistrital


Na grande cidade de São Paulo encontra-se grande diversidade. Tanto em quantidade, quanto em qualidade. Em algumas ocasiões, a diversidade típica dessa grande metrópole é o que a enriquece, mas em outras, é o que faz dela uma cidade motivo de vergonha aos seus moradores que tem consciência do que é ter uma vida digna.
Mas o assunto de tal texto é mais do que exibir de forma clichê a tão conhecida e pouco discutida desigualdade em São Paulo. Pretendemos mostrar que isto não é, para muitos, motivo de desistir, muito menos de deixar os sonhos morrem, ou a arte morrer.        
Talvez, não seja de conhecimento geral que existem talentos riquíssimos dentro das favelas da nossa cidade, que julgamos conhecer tão bem. Muitos enchem peito a dizer sobre o amor à cidade. Mas ama de verdade aquele que luta para que ela seja a ideal, invejada, desejada e copiada por seus bons exemplos.
É este tipo de disposição, de mudar toda uma realidade, que encontramos em muitos moradores de bairros humildes da zona sul, como Jardim Ângela, Jardim Nakamura, Jardim Kangohara, Jardim Bolônia, e tantos outros. Certamente, ao tentar ler estes nomes em voz alta, eles viraram trava-línguas. Não se assuste, acontece com quem nunca os pronunciou ou ouviu falar de sua existência. O fato é que lá se encontram jovens usando a arte de rua, rap, hip hop e grafite, para encontrar suas origens, entender de onde vieram seus pais, já que seus sobrenomes não ajudam nessa parte. E é por meio disso tudo que eles aprendem a rimar, fazer poesia e buscar sobre o seu passado.
          


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sexta-feira, 10 de junho de 2011

Centro Cultural Monte Azul

Logo ali, depois da ponte



No último dia três, nós alunos da Lourenço Castanho rompemos barreiras mais uma vez e fomos a campo para conhecer novas pessoas, uma nova realidade. Visitamos um Centro Cultural, localizado na periferia da cidade, um bairro chamado Monte Azul. A começar pelo caminho, absolutamente diferente para a grande maioria, o dia foi marcado por diversas surpresas muito agradáveis e experiências inesquecíveis.
    O NUPS tem como objetivo promover a sociabilização entre os mais variados tipos de pessoas, em especial, levando os alunos do nosso colégio a entrar em contato com todos os tipos de diferenças. A proposta de visita, feita pelo professor Ednílson Quarenta, que leciona História para o segundo ano do ensino médio, foi prontamente aceita pelo professor coordenador do nosso projeto Tiago Ferreira, que imediatamente mobilizou a escola para que tudo corresse bem. O objetivo foi: alunos da Lourenço passam uma tarde em um encontro com a arte, e com os alunos da Escola Estadual Mário Rangel, onde o professor Ed (assim Ednílson é chamado por nós aqui no ensino médio) também dá aulas, selecionou dez de seus melhores alunos para participarem destes momentos.
        Um projeto tão bem arranjado não poderia dar em outra coisa. Foi um sucesso. A tarde foi mais produtiva do que esperávamos. Ao chegar, fomos surpreendidos por um ambiente educador, com a essência do que há de mais belo: o prazer de ensinar e aprender. Apesar de simples e humilde, o que não falta naquele Centro é foça de vontade e criatividade. Com um projeto para a educação de jovens e adultos, aquela unidade recebe crianças de nove a treze anos, ensinando-as desde música, até artesanatos e pinturas.
        A atividade consistiu em uma análise do quadro Guernica, de Pablo Picasso, seguida de discussões sobre o mesmo, além de dois tipos de releituras: uma imediata, feita com crayon por cada um dos grupos, formados de forma mista entre alunos Lourenço e Rangel, que ali não recebiam qualquer diferenciação. A segunda, feita um ambiente inspirador (o anfiteatro do local, também usado para dar oficinas de pintura às terças-feiras pela noite), fizemos uma “versão feliz” do quadro, em grandes dimensões, desenhada pelos professores do anfiteatro com carvão. A pintura, muito colorida e misturada, foi um sucesso. Com um trabalho em equipe realizado com facilidade por todo o grupo, o resultado final foi um lindo e contente quadro, que será finalizado pela equipe do local. O trabalho fluiu ao som do piano por Mariana Carvalho, que animou o grupo, e a aluna Maria Elisa Savaget dançou ballet ao som feito pela colega. Além da pintura, deixamos de lado qualquer espaço imposto pela sociedade, até mesmo pelo lugar onde moramos ou pela posição social.

       Atividades como esta têm várias faces que podem ser exploradas. Existe o a nossa face, que é a de conhecer uma nova realidade, diferente do ciclo que frequentamos, abrindo o olhar e a mente para perceber que o mundo não se restringe ao nosso próprio bairro ou às nossas atividades rotineiras. A dos alunos do Mário Rangel, que quebraram muitos estereótipos e tiveram mais contato com a arte, tendo a formação de um olhar crítico a partir de um quadro, direcionado por uma equipe de profissionais que também tem a sua face, que é a de conhecer pessoas interessadas em conhecer, independente do que ou onde vivem. Pessoas que tiveram em uma tarde uma experiência que muitas outras levam anos para viver. E como não bastassem todos os benefícios pessoais que tivemos, proporcionando crescimento próprio, ainda tivemos um lindo quadro de resultado, que em breve estará em exposição no nosso colégio.

                                                                          Itamize Oliveira